quinta-feira, 25 de junho de 2009

O que andava para trás, trocava de cor e comia criancinhas?


E aí, alguém acertou a charada do título? Quem adivinhou já sabe o porquê deste texto. Michael Jackson, com 50 anos, partiu desta para uma melhor, bateu as botas, esticou as canelas, abotoou o paletó, enfim, virou presunto.

Uma parada cardíaca foi a responsável pela morte do cantor, que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 25 de junho, em Los Angeles (EUA).

É claro que os fãs fiéis sentiram muito a perda. Mas se a morte de Michael Jackson tivesse acontecido nos anos 80, o mundo pararia. Foi naquela década que o músico alcançou o ápice, com o lançamento do disco Thriller (1982), que vendeu 104 milhões de cópias, segundo os empresários do cantor.

Depois de tantos escândalos, no entanto, o brilho e a magia sobre um dos maiores ícones da música pop mundial praticamente se apagou. Dentre as diversas polêmicas, as que mais chamaram a atenção foram as acusações de abuso sexual contra crianças.

De negro passou a ser branco, após um processo de despigmentação da pele (consequência, segundo o cantor, da doença vitiligo).

A construção da Neverland (Terra do Nunca), rancho com zoológico e parque de diversão particulares, também despertou o interesse público.

E o que dizer da vez em que segurou seu filho para a parte de fora da janela, quase o fazendo cair e assustando os espectadores do mundo todo.

Ainda era motivo de curiosidade as inseparáveis máscaras com que desfilava.

Só o tempo irá dizer o que será mais lembrado: as confusões ou os 750 milhões de álbuns vendidos e os 13 prêmios Grammy conquistados.

Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, em Gary, Indiana (EUA). A carreira começou cedo, nos anos 60, quando tinha apenas 5 anos e cantava ao lado dos seus quatro irmãos mais velhos no Jackson Five.

Mas foi sozinho, com os famosos passos para trás e uma mistura de funk, disco e pop, que o sucesso tomou maiores proporções.

Atualmente estava preparando uma série de shows que seriam apresentados em Londres.

Confira aqui uma linha do tempo com a carreira do cantor.

Link para o clip da música Beat It, do disco Thriller. O solo é do guitarrista Eddie Van Halen

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Patinhos, nudez, índios, padres, políticos e a água


Em tempos de racionamento em Bagé, com esta foto do chafariz da Praça Silveira Martins, a capa do Jornal Minuano desta quarta-feira, 17 de junho, questiona: “Água Fora?”.

A matéria trata de esclarecer que não há desperdício, já que “o sistema de funcionamento dos chafarizes aproveita a água de seu lago e a devolve”, conforme o texto do diário bageense.

Até aí tudo jóia! O problema é que inventamos de imitar os índios em muitas coisas. Daqui a pouco, bem pouquinho, a galerinha do mal vai estar lá, de sunga (ou sem ela), toalha, sabonete e patinho para tomar o seu banho diário.

Já pensou? Todo mundo peladão, que nem aqueles centenários anjinhos obscenos dos chafarizes. E o pior, em frente a uma igreja! Frei Álvaro não vai gostar nadinha, pessoal!

Confesso que até eu entrava na fila do banho. Aqui em casa a água acaba muito antes das 15 horas, como prometido nas propagandas do Daeb (Departamento de Água e Esgotos de Bagé). Lavagem corporal só nas primeiras e geladíssimas horas da manhã.

Enquanto isso, o dinheiro da nova barragem Arvorezinha continua parado. Segundo Dudu, prefeito de Bagé, a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, já garantiu em ato público que a obra está incluída no Pac (Programa de Aceleração do Crescimento).

Ora, se a saliva da Dilma me banhasse eu ficava bem feliz até. E vamos combinar que o banho é secundário - ainda tem a comida para ser feita!

É preciso acelerar o processo das licenças exigidas para o início da barragem. É preciso que os figurões bageenses tenham força política para que a obra seja, de fato, prioridade.

Já ia me esquecendo. A igreja citada fica ao lado do prédio da prefeitura. Um protesto com gente pelada chama a atenção, hein! Ia ser lindo ver o povão gritando em frente à casa do Executivo: “Ei, Dudu, vai tomar um banho!”, no chafariz, é claro.

Está na hora dos políticos resolverem o problema da água na Rainha da Fronteira. Ou, em breve, viveremos em uma praia de nudismo, banhada pelo arroio Bagé.

Foto: Bosco (Jornal Minuano)

A matéria do Jornal Minuano pode ser lida na íntegra em www.jornalminuano.com.br

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gripe econômica ou crise suína?


Antes de começar expressamente o conteúdo deste artigo, vamos a um dificílimo teste de raciocínio. Você está preparado? Vamos lá: qual é o bem (não-material) mais importante da sua vida?

Os mais faceiros vão responder: a minha alegria de viver! Para os mais românticos, o amor! Para os vaidosos, a beleza! Mas o buraco é mais embaixo. É o que permitiu fazer com que você levantasse hoje e realizasse atividades diversas – entre elas ir até o computador, ligar o computador, abrir o navegador, digitar www.ogritodarainha.blogspot.com e ler até aqui.

Quem respondeu saúde ganhou dois pontos e avança cinco casas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social.

A sua saúde e a da sua família, mais a saúde do vizinho, do seu colega de trabalho e de toda a sociedade, aliadas às ações do Estado para pensar e estruturar sistemas e serviços de atendimento, é conhecida como saúde pública. A célebre saúde pública. Tão lembrada em períodos eleitorais. E tão marginalizada politicamente depois de outubro dos anos pares.

Mas para quê quatro parágrafos para realmente introduzir o assunto? Para eu fazer mais uma pergunta: alguém falou em crise econômica depois que a gripe suína começou a assustar a população mundial?

Não, não e não mais uma vez! Quer algo mais importante para se preocupar do que a saúde pública? Ainda mais quando a preocupação é com uma possível pandemia mundial. Nem dá tempo para pensar em crise econômica! Problemas financeiros são vencidos, a morte não.

O engraçado é que agora nem em gripe suína se fala mais. Por quê? Porque não era tão grave assim. A verdade é que a mazela veio em boa hora para muita gente. E o mercado econômico soube como conduzir a imprensa para uma mudança no foco dos debates públicos. O sensacionalismo transformou um pequeno problema em temor global.

Sabe-se que as especulações do mercado econômico giram muito em torno do que está sendo divulgado nos meios de comunicação. Ou seja, quanto mais a crise aparecia na mídia, mais se desacreditava em suas soluções.

Depois da tempestade vem a bonança. Agora está tudo resolvido, não é mesmo? Não se fala mais em crise e nem em gripe. Conseguiram um bom remédio para acabar com o abalo financeiro.

Estão todos com os bolsos cheios de grana e sem ranho escorrendo pelo nariz!